Carrie Fisher: O legado da eterna Princesa Leia

Famosa por ter interpretado o papel de Leia Organa na saga de 'Star Wars', Carrie Fisher mostrou também muito talento como argumentista, dramaturga e escritora. A norte-americana morreu a 27 de dezembro de 2016, com 60 anos. Infelizmente, um dia depois morreu a icónica atriz Debbie Reynolds, mãe de Carrie Fisher. 

Sendo filha da famosa atriz e também do cantor e ator Eddie Fisher, facilmente previa-se um futuro de sucesso e estrelato para Carrie Fisher. No entanto, nem tudo foi fácil para a atriz, que teve de lidar com o abuso de drogas e também com doenças mentais. Contudo, Fisher não escondeu os detalhes das suas batalhas, tendo falado abertamente sobre isso através das redes sociais, de livros e também em eventos públicos.

Clique e relembre o incrível legado deixado pela icónica Carrie Fisher, relembrada até hoje como Princesa Leia.

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Querida da mamã Debbie Reynolds, icónica atriz, era a mãe de Carrie Fisher. Reynolds morreu um dia depois da morte da filha. "A Debbie será sempre a rapariga da porta ao lado, enquanto eu vivo algures nessa rua", disse Fisher à TV Times.

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Sobre o mestre A atriz sempre soube que 'Star Wars' viria a ser um grande sucesso. "É claro que eu sabia. Só o George Lucas é que não sabia", escreveu Fisher no seu livro, intitulado 'Wishful Drinking'. "O George Lucas arruinou a minha vida e digo-o da forma mais simpática possível", acrescentou ainda a atriz.

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Juventude Carrie Fisher era já uma estrela durante a juventude. Em 1987, na sua semi-autobiografia, 'Postcards From the Edge', Fisher escreveu que passou pelos 20 anos como um fio luminoso através de uma agulha escura, "brilhando em direção ao destino, que era nenhum lugar".

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Um universo de homens? No programa 'The Late Show With Stephen Colbert', em 2016, Fisher explicou o porquê de Leia nunca ter tido um sabre de luz. "Até mesmo no espaço existe um duplo padrão", afirmou a atriz.

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Autoconsciência A atriz mostrou que não dava importância às mesmas coisas que muitos davam em Hollywood. "Eu cito personagens fictícias porque eu própria sou uma personagem fictícia", escreveu Fisher em 'Whishful Drinking'.

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Amores dentro e fora do ecrã

No seu último livro, 'The Princess Diarist', lançado cinco semanas antes da sua morte, Fisher escreveu sobre o caso que teve com o colega de elenco de 'Star Wars', Harrison Ford. "Era Han e Leia durante a semana e Harrison e Carrie durante o fim de semana". 

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Realeza eterna 'Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança' foi o segundo filme da carreira de Fisher, mas ainda assim a película acabou por mudar a vida da atriz. "Nunca tinha sido a Princesa Leia e agora passaria a sê-la para sempre. Nunca mais deixaria de ser a Princesa Leia. Não fazia ideia do quão verdade isto poderia ser nem quanto tempo poderia ser", escreveu a Fisher em 'The Princess Diarist'.

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Atriz e arqueóloga

Apesar da complicada história com o papel de Leia, Fisher sempre soube que a personagem tinha semelhanças consigo. "Não sou uma daquelas atrizes como a Meryl Streep. Essas atrizes saem de si para interpretar personagens. Sou como uma arqueóloga, interpreto o que sou. Escavo o que consigo. É uma personagem que não está muito longe de mim, simplesmente não tenho armas com laser", revelou à CBC.

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O início do 'girl power'

De regresso ao papel em 2015, em 'Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força', durante a digressão de promoção ao filme, a atriz falou sobre o que Leia queria dizer com 'girl power'. "Eu sou o início do 'girl power' e todos têm de lidar com isso", afirmou Fisher.

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Sobre envelhecer

Infelizmente o regresso da atenção sobre si, em 2015, veio com críticas ao seu corpo. Mas a atriz teve a resposta certa. "Por favor parem de debater se envelheci bem ou não. Infelizmente isso magoa os meus três sentimentos. O meu corpo não envelheceu tão bem quanto eu. Lixem-se", escreveu Fisher no Twitter.

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Mais pensamentos sobre envelhecer "A juventude e a beleza não são realizações, são subprodutos temporários da felicidade, do tempo ou do ADN. Também não penses que vá durar muito", acrescentou ainda Fisher no Twitter.

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Forças gravitacionais Fisher revelou que Lucas disse-lhe que Leia não poderia usar roupa interior por questões de gravidade. "Digo aos meus amigos mais novos que, não importa a forma como eu vá, quero que seja dito que morri afogada ao luar, estrangulada pelo meu próprio sutiã", revelou em 'Wishful Drinking'.

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Família famosa

Com a icónica Debbie Reynolds como mãe, a atriz tambem teve uma estrela como pai, o cantor e ator Eddie Fisher. "Sou um verdadeiro produto de criação de Hollywood. Quando duas celebridades acasalam, o resultado alguém como eu", disse em 'Wishful Drinking'.

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Conselho de mãe para filha Fisher também deu alguns conselhos úteis à filha, a atriz Billie Lourd, tendo falado sobre isso no livro 'Wishful Drinking'. "A minha filha diz-me que quando crescer quer ser cantora ou comediante. Eu disse-lhe que se quiser ser comediante então terá de ser escritora. Mas ela não precisa de se preocupar, porque tem muito material. A mãe é maníaco-depressiva e viciada em drogas. O pai é gay. A avó faz sapateado e o avô come aparelhos auditivos. A minha filha farta-se de rir com isso e isto ainda vai salvar-lhe a vida".

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Paixão por cães O buldogue francês de Fisher tornou-se numa presença constante nos eventos onde esta marcava presença. "Neste momento as coisas mais importantes na minha vida são a minha mãe, a minha filha, os meus amigos e o meu cão, o Gary. Ele vai para todo o lado comigo. Adoro aquela expressão que diz para nos tornarmos na pessoa que os animais pensam que somos. Se sou como o Gary pensa, então sou uma pessoa fantástica", disse Fisher à Good Housekeeping, em 2016.

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A realidade dos encontros "À medida que envelheces, as escolhas diminuem mas as pessoas não", disse Fisher no livro 'Shockaholic', de 2011, sobre ir a encontros.

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Doença mental O legado de Fisher também inclui ser uma das celebridades mais francas no que diz respeito a doenças mentais. "Por vezes ser bipolar pode ser um desafio que te consome, sendo preciso muita energia e coragem. Se vives com esta doença e está tudo a correr bem, deves sentir orgulho e não vergonha", escreveu Fisher em 'Wishful Drinking'.

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Mais sobre doenças mentais "Nunca tive vergonha da minha doença mental, isso nunca se passou comigo. Muitas pessoas agradecem-me por falar sobre isso e as mães podem dizer aos filhos, quando estão chateados com o diagnóstico, que são bipolares como a Princesa Leia", disse a atriz durante um discurso.

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Manter as coisas leves Fisher também sabe como brincar com temas relacionados com a saúde mental. "Sinto que sou muito sã sobre o quão louca eu sou", descreveu a atriz em 'Wishful Drinking'.

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Encontrar a piada "Se a minha vida não fosse engraçada então seria apenas verdadeira e isso seria inaceitável", revelou Fisher em 'Wishful Drinking', sobre manter a sanidade.

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Livro aberto

"Acredito que estejas tão doente quanto os teus segredos. Se isso é verdade, então sou muito saudável", descreveu a atriz em 'Postcards From the Edge'.

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Guardar os sentimentos Fisher também é conhecida por algumas citações interessantes. Em 'Wishful Drinking', sobre guardar os sentimentos, a atriz diz que "o ressentimento é como beber veneno e ficar à espera que a outra pessoa morra".

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Sobre paciência "A gratificação instantânea leva muito tempo", escreveu a atriz em 'Postcards From the Edge'.

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A crueldade da vida "A vida é uma piada cruel e horrível e eu sou a moral da história", pode ler-se em 'Postcards From the Edge'.

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Sobre o sucesso

Em 'Wishful Drinking', Fisher descreve como o sucesso não significa abrandar. "Não existe um ponto onde possas dizer que tens sucesso e que por isso já podes descansar".

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Uma natureza inspiradora Uma frase parece captar a natureza enérgica de Fisher, assim como a notável necessidade de fazer com que os outros riam. "Eu ajo como alguém que está num abrigo antiaéreo e procura elevar o ânimo de todos os presentes", pode ler-se em 'The Princess Diarist'.

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Sobre as nossas motivações "Nenhum motivo é puro. Ninguém é bom ou mau, mas sim uma mistura dos dois. Por vezes a vida dá-te ao tirar-te", descreveu Fisher em 'Wishful Drinking'. 

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Sobre morrer Um mês antes de morrer, Fisher revelou à Rolling Stone que não temia a morte, mas sim morrer. "Qualquer coisa que tenha dor associada, não gosto. Já estive com algumas pessoas quando estas estavam a morrer e não pareceu divertido. Mas se iria fazê-lo, queria alguém como eu por perto. Estarei lá!".

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Sobre felicidade

Carrie Fisher não teve a mais fácil das jornadas, mas claramente acreditava que é possível encontrar a própria felicidade. "Por vezes só consegues encontrar o Céu ao afastares-te lentamente do Inferno", escreveu a atriz em 'Wishful Drinking'.

Veja também: A primeira vez das celebridades na passadeira vermelha.

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